segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

'95 McLaren F1 GTR





















Mini: Ixo
Escala: 1/43

Esta é uma daquelas miniaturas ricas em detalhes, que me encantam logo na primeira olhada. Daí em diante, não consigo mais esquecê-la, e nem dormir sossegado, enquanto não conseguir incluí-la na minha coleção;-)





domingo, 4 de janeiro de 2015

'62 VW Kombi
























Mini: Ching Ling
Escala: 1/32

Quem  nunca andou de Kombi, que atire a primeira pedrada...  Aah! Uii!

Para mim, nem sempre a miniatura mais legal é necessariamente a mais cara, ou aquela que é a mais desejada pelos outros colecionadores. Aquelas miniaturas “raras”, difíceis, às vezes até horríveis, mas que dão a ilusão de algum status ao seu possuidor perante o grupo. 

Digo ilusão, porque, muito embora o colecionador que adquira uma tal miniatura fique se achando o maio sortudo, dono de um tesouro, uma preciosidade, na verdade, o que tem em mãos, não passa de um objeto manufaturado com matérias primas de baixa qualidade. Os chamados “restolhos recicláveis”, polímeros, ligas metálicas de péssima qualidade, muitas vezes até a pintura utiliza tintas tóxicas.

Afinal, trata-se de um artigo supérfluo, um souvenir, uma quinquilharia, um mimo. Basta dar uma passeada pela internet, e verificar a quantidade de blogs de colecionadores, com fotos mal feitas, dos mais variados ângulos, daquela miniatura 'super rara', que o sujeito acabou de receber pelos Correios, quiçá adquirida com grande dificuldade, e em prejuízo de outras formas de entretenimento, que, com certeza, lhe proporcionariam uma melhor qualidade de vida.

Sim! A foto daquela miniatura que você guarda com tanto zelo e carinho, está lá no centro, no cantinho, de dezenas de blogs de colecionadores, que, como eu, acreditavam estar fazendo um negócio da China. Na verdade, hoje em dia, estamos todos fazendo um negócio da Malásia.

Compramos objetos de produção em massa, como se fossem obras primas. Compramos bugigangas, como se fossem carros de verdade. Ostentamos fotos das nossas Ferrari, dos nossos Porsche, dos nossos Mustang, Cadillac, como se fossem imagens sacras, ícones. Ícones de uma época de injustiças, e violência; de competição e falta de fraternidade entre as pessoas. Uma época decadente e deprimente, em que poucos conseguem manter a sanidade, ou um mínimo de equilíbrio emocional, sem a necessidade de recorrer a um desses vícios que a sociedade de consumo nos impõe.

O uso de uma droga permitida, mascarada, e que rende, de fato, muito dinheiro, status e poder aos grandes traficantes do capital... Urgh!

Assim, hoje pela manhã, perambulando pelos corredores estreitos e sombrios do Mercado Municipal, atrás de um pé-de-boi, topei com essa Kombinha numa vitrine de artigos religiosos. Tudo muito trash, Tudo kitch. E lá estava ela,  no fundo da vitrine, toda empoeirada (!) O que chamou minha atenção, além de tão inusitada aparição em local impróprio, foi sua combinação de cores. Até então, não tinha visto uma semelhante, assim tão original e despojada. O preço? Vinte pratas! O preço de um sonho.  A propósito: você sonha?